O Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF), localizado em Vila Velha, é uma das unidades de referência no Espírito Santo para trauma ortopédico. No último mês, a abordagem rápida e qualificada da equipe técnica proporcionou a uma paciente de quase 100 anos mais qualidade de vida, após uma cirurgia em razão de uma fratura de fêmur, provocada por uma queda.
A paciente, a senhora Lili Jorge Souza, tem 99 anos e deu entrada na unidade no dia 9 de julho, e a alta hospitalar aconteceu no dia 15 do mesmo mês. A fratura de fêmur é uma causa significativa de mortalidade e perda de funcionalidade, com sua incidência aumentando com a idade. Isso ocorre principalmente devido ao aumento das quedas e à maior prevalência de osteoporose entre os idosos.
“A fratura do fêmur proximal no idoso deve ser abordada, principalmente, nas primeiras 48 horas. Isso diminui de forma significativa a mortalidade e a morbidade desses pacientes, que é a chance de eles sobreviverem e evoluírem sem sequelas e limitações”, explicou o coordenador de ortopedia do HABF, Igor Vasconcelos.
Nessa segunda-feira (05), a paciente retornou à unidade para a consulta ambulatorial e, segundo o profissional, o quadro pós-operatório tem sido “excelente”. “A paciente está com as dores controladas e com a mobilidade preservada no quadril. A ferida está seca, retiramos os pontos e não foi verificado nenhum sinal de infecção. E é uma paciente que começou a fisioterapia na instituição e, agora, já está dando os primeiros passos com auxílio de andador. Então, o pós-operatório para uma paciente de 99 anos está evoluindo de forma excelente”, avaliou o médico.
Alerta aos idosos
O coordenador de ortopedia do Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF), o médico Igor Vasconcelos, alertou para os cuidados que, especialmente as pessoas idosas, precisam tomar em relação à queda, uma vez que pode comprometer, até de forma grave, a saúde do idoso.
“Essa população vem aumentando cada vez mais no Brasil e há relatos de que até 30% dos idosos já sofreram algum tipo de queda, que pode provocar fraturas, como a do fêmur proximal, e acarretar complicações para a saúde, e até o risco mesmo de morte”, destacou Vasconcelos.
Em 2023, o HABF atendeu 23.194 pessoas, das quais 5.949 idosos. No mesmo ano, foram realizados 220 procedimentos de fêmur. Até 30 de junho de 2024, já foram realizados 133 procedimentos de fêmur.
O médico compara o impacto de um trauma no idoso e no jovem para a saúde. “Uma fratura de fêmur no idoso, por exemplo, pode ser comparada a um trauma de alta energia no paciente jovem. Quando esse idoso cai e fratura o fêmur, pode evoluir com delírio e confusão mental e, também, pode evoluir com insuficiência cardíaca e insuficiência renal, estabelecendo um quadro de tratamento mais complexo”, completou.
A fisioterapeuta e coordenadora da equipe multiprofissional do HABF, Alexsandra Rodrigues, destacou o conceito de casa segura para resguardar a qualidade de vida da pessoa idosa.
“A maior parte das quedas acontece dentro de casa. Então, sempre tendo em vista o aumento da expectativa de vida do brasileiro, é importante que a população se conscientize sobre a construção de uma casa segura para os idosos, ou seja, um ambiente domiciliar preparado para prevenir e evitar quedas”, disse.
Alguns cuidados que tornam a casa mais segura:
- Tapete emborrachado antiderrapante ao lado da banheira ou do box e para sua segurança na entrada e saída;
- Barras de apoio nas paredes do banheiro;
- Lâmpada, um telefone e uma lanterna perto da cama;
- Os calçados com solados antiderrapantes;
- Escadas iluminadas e livres de objetos, com corrimão em ambos os lados e degraus com tiras antiderrapantes;
- Evitar pisos e tapetes escorregadios.
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