A Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES) realizou, na última quinta-feira (14), a segunda captação de córneas de 2022 do Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF), localizado em Vila Velha. A doação foi realizada após consentimento de familiares do paciente. No mesmo dia, o HABF instituiu sua Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).
A córnea é um tecido transparente que fica na parte da frente dos olhos. Se a córnea se danifica por doenças, lesões ou infecções, a pessoa pode ter a visão bastante reduzida ou até perdê-la, sendo necessário o transplante do tecido doente pelo sadio. Cada doação beneficia duas pessoas na fila de transplante.
A enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva 3 do HABF, Roberta Borges, falou da importância da doação. “Para a gente, como instituição, é gratificante, porque quando recebemos um sim da família estamos pensando em um outro paciente, um pai de família, um filho, alguém que está melhorando a sua qualidade de vida, porque está sendo devolvida a sua visão”, afirmou.
O gerente assistencial do HABF, Hudson Miranda, explica que os perfis de atendimento e óbitos do HABF fazem da doação de córneas um objetivo primordial da CIHDOTT da instituição. “Como somos um hospital de referência de trauma com muitos atendimentos de pacientes vítimas de PAF (Perfuração por Arma de Fogo), temos grande potencial de doação de córnea”, disse, complementando que os pacientes que dão entrada no hospital, a princípio, não apresentam comorbidades.
Na captação de córneas, os tecidos devem ser retirados com o coração do paciente parado e em até seis horas após seu falecimento. O procedimento de captação é realizado por uma equipe do Banco de Olhos do Hospital Evangélico de Vila Velha.
No Brasil, o transplante só acontece com a autorização de um familiar do doador. Por isso, a importância do trabalho de sensibilização da equipe hospitalar, com as famílias dos pacientes, é imprescindível. “O atendimento à família é um fator importante desde a entrada do paciente no hospital, porque interfere na decisão sobre a doação”, explicou.
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