O Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF) encerrou, no último dia 03 de outubro, a participação nos ciclos 1 e 2 do projeto Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP), desenvolvido pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC). A jornada teve início em 2021 e resultou na implementação de mais de uma dezena de melhorias de processos e ações assistenciais no Pronto-Socorro, Centro Cirúrgico, Unidade de Tratamento Intensivo I e nas unidades de internação. 

Para o diretor-geral do Hospital Antônio Bezerra de Faria, Neio Lucio Fraga Pereira, o projeto otimizou as melhorias implementadas pela gestão da Fundação Estadual de Inovação em Saúde - iNOVA Capixaba. “O RHP chegou no contexto de transferência da titularidade do hospital da administração direta para a iNOVA Capixaba e potencializou um conjunto de melhorias assistenciais promovidas por um modelo de gestão inovador e acolhedor. Então, atualmente, o HABF realiza um acompanhamento mais refinado da jornada do paciente, desde a classificação de risco até a alta”, destacou. 

Desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde, por intermédio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), o RHP promove melhorias gerenciais, assistenciais e de segurança do paciente em unidades hospitalares de todo o País. 

Ao longo desses dois anos, o hospital recebeu inúmeras visitas da equipe do RHP, composta por profissionais de enfermagem, medicina, farmácia e engenharia clínica. O Ciclo 1, encerrado em 2022, abrangeu o Centro Cirúrgico e a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI-I). O ciclo seguinte contemplou o PS. Contudo, setores integrados à jornada do paciente também foram alcançados, como as clínicas Médica e Cirúrgica e a Farmácia.  

Entre os principais frutos do projeto, destacam-se a requalificação do fluxo do paciente no PS, com a melhoria no tempo da classificação de risco; as implantações no PS e nas enfermarias do protocolo de Sepse, com o uso do score de News, e do Time de Resposta Rápida (TRR), equipe multidisciplinar capacitada para agir de forma imediata em casos clínicos graves; e a implantação do checklist de cirurgia segura. 

A diretora técnica do Hospital Antônio Bezerra de Faria, Daniela Mill Damasceno, ressaltou a adesão da equipe médica aos processos. “Os protocolos clínicos, em especial o de sepse, requereram grande envolvimento das equipes médicas, já que a tomada de decisão no tratamento da doença é dos médicos. A implantação do TRR também envolveu o corpo clínico de forma significativa. Todas essas ações produziram melhoria assistencial e se refletiram na redução do tempo de internação, em transferência para UTIs e da taxa de mortalidade”, explicou. 

Para a enfermeira de Segurança do Paciente, Fanny Araújo, a melhoria do fluxo do paciente na instituição é o principal ganho. “Atualmente, o HABF oferece uma assistência mais segura, mais efetiva e com maior entrega de valor ao paciente. Tudo isso acontece com padronização, acompanhamento e gerenciamento de processos por meio de indicadores. O paciente ganha uma assistência mais humana e um desfecho clínico mais efetivo”, disse.  

O Ciclo 2 foi encerrado com uma avaliação final de processos assistenciais do PS e Centro Cirúrgico com aplicação da Ferramenta de Avaliação Hospitalar (Fahosp), desenvolvida pelo RHP para mensurar a evolução do hospital. O projeto encaminha ainda em outubro relatório de mensuração das melhorias implantadas no PS e setores de apoio, como Farmácia, Laboratório, Diagnóstico por Imagem e Segurança do Paciente.

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